No início do relacionamento tudo são flores, até que ele vem chegando devagarzinho, aparecendo em
pequenas situações corriqueiras e, de repente, vira motivo de brigas frequentes e acaba colocando em risco
o romance que parecia tão promissor. Definido por muitos como tempero do amor, o ciúme pode até mesmo
virar doença e estragar a vida de quem sente e a de quem é objeto desse sentimento.
o
ciúme pode aparecer como efeito colateral de alguma fase no trabalho ou até mesmo da administração de
um medicamento que cause aumento temporário de ansiedade, pois tal sentimento está relacionado com
insegurança e ansiedade. Mas, quando a frequência desse comportamento passa incomodar a dinâmica do
casal é sinal de que algo está errado.
em situações extremas, a pessoa perde totalmente o contato com a realidade e
aquilo que é apenas uma fantasia derivada do medo se transforma em uma realidade delirante. Nesses
casos, a pessoa não apenas desconfia do outro, mas tem uma certeza de que está sendo traído sem
nenhuma evidência concreta. Independentemente de as evidências serem reais ou imaginárias, em muitos
casos, o ciumento acaba partindo para a agressão para defender “o que é seu”.
“A pessoa ciumenta, que apresenta transtornos ou de personalidade ou neuróticos, pode, a partir de uma
simples desconfiança desenvolver um quadro de intenso sofrimento psicológico para si mesma e para o
outro, tomando atitudes agressivas e desmedidas que, no limite, podem chegar aos chamados “crimes
passionais”
Quando é necessário tratamento
Quando a situação atinge níveis de ansiedade, angústia e aflição que tornam a vida do ciumento e de quem
com ele convive insuportável é hora de procurar ajuda. “Quando percebermos que nossos esforços não
surtirem efeito já é hora de procurarmos uma ajuda especializada e deixarmos de justificar as atitudes do
parceiro e de delegarmos ao tempo e ao outro a solução deste impasse”
Confira os quatro tipos de ciumento:
Zeloso – O zelo é a verdadeira prova de amor, pois é um sentimento altruísta, voltado para o bem estar do
outro, acompanhado de carinho e afeto pela verdadeira possibilidade do outro ser na vida.
Enciumado – O enciumando é aquela situação eventual, em que a pessoa entra em contato com sua
própria insegurança perante a presença de um terceiro que, de fato, apresente alguma ameaça aos seus
valores pessoais. É transitório e deve ser trabalhado dentro de si mesmo e com seu parceiro, reconhecendo
que se está com ele é porque há muitas outras características que o tornam uma pessoa realmente querida.
Ciumento – O ciumento é, geralmente, uma pessoa possessiva, insegura de si e de seus valores, que
imagina ser passível de abandono ou traição. Vê em qualquer ação independente de seu companheiro uma
ameaça à relação e sofre imaginando que pode ser traído ou abandonado devido à sua insignificância.
Delirante – O ciumento patológico ou delirante é aquela pessoa que apresenta um real transtorno mental,
no nível físico, cerebral (tipo arterioesclerose, esclerose alcoólica, demências em geral) que acredita
delirantemente que o outro possa abandoná-lo ou traí-lo. É a chamada “Síndrome de Otelo”.
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