quinta-feira, 30 de abril de 2015

Intolerância - Uma atitude mental


Intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. Num sentido político e social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos-de-vista diferentes. Como um construto social, isto está aberto a interpretação. Por exemplo, alguém pode definir intolerância como uma atitude expressa, negativa ou hostil, em relação às opiniões de outrem, mesmo que nenhuma ação seja tomada para suprimir tais opiniões divergentes ou calar aqueles que as têm. Tolerância, por contraste, pode significar "discordar pacificamente". 
A emoção é um fator primário que diferencia intolerância de discordância respeitosa. A intolerância está baseada no preconceito e pode levar à discriminação. Formas comuns de intolerância incluem ações discriminatórias de controle social, como racismo, sexismo, homofobia, homofascismo, heterossexismo, edaísmo (discriminação por idade), intolerância religiosa e intolerância política. Todavia, não se limita a estas formas: alguém pode ser intolerante a quaisquer idéias de qualquer pessoa. Em sua forma cotidiana, a intolerância é uma atitude expressa através de argumentação raivosa, menosprezando as pessoas por causa de seus pontos-de-vista ou características físicas e/ou culturais, retratando algo negativamente devido aos próprios preconceitos etc. Num nível mais extremo, pode levar à violência; em sua forma mais severa, ao genocídio. Possivelmente, o exemplo mais infame na cultura ocidental seja o Holocausto. 
O colonialismo foi baseado em parte, na falta de tolerância para com culturas diferentes daquela da metrópole. É motivo de controvérsia a legitimidade de um governo em aplicar a força para impedir aquilo que ele considera como incitamento ao ódio. Por exemplo, a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América permite tais manifestações sem risco de ação criminal. Em países como Alemanha, França, Portugal e Brasil, as pessoas podem ser processadas por tal atitude. Esta é uma questão sobre quanta intolerância um governo deve aceitar e como ele decide o que constitui uma manifestação de intolerância. Enquanto prossegue o debate sobre o que fazer com a intolerância alheia, algo que freqüentemente ignora-se é como reconhecer e lidar com a nossa própria intolerância.





segunda-feira, 20 de abril de 2015

Da idealização à desilusão.

A manutenção das idealizações do outro, mesmo quando se depara com uma realidade que não lhe corresponde, leva os parceiros a serem prisioneiros de seus próprios desejos não realizados. Começa a surgir entre eles uma desconfiança mutua, com o sentimento de que foram traídos, enganados. Instala-se uma confusão, as vezes não percebida, a respeito da própria identidade e da identidade do parceiro. 
Ambos se sentem perdidos, pois a base sobre a qual a relação se fez não suporta a realidade diante da qual aqueles indivíduos se encontraram. Essa realidade que se impõe não atende aquele projeto grandioso e fantasioso construído pela paixão.
Os cônjuges passam então a viver outra fase do seu relacionamento, que é marcada pelo sentimento de decepção.
E nessa fase de decepção, encontramos muita esperança, esse sentimento poderá mobilizar o casal do caminho do reencontro, possibilitando a cada um, através da ajuda do outro e o amadurecimento da vivencia conjugal.




Felicidade, o que é isso?

Nós, os psicólogos, acreditamos que a felicidade é um estado ótimo de equilíbrio entre as necessidade psicoemocionais e orgânicas do individuo e as possibilidades de satisfação que o meio ambiente oferece. E a pratica clinica indica que estamos certos. Assim, a felicidade é um estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o meio ambiente que o circunda e abriga , Um estado, portanto, possível a todo momento...
Ao contrario as manifestações de incomodo, se tornadas cronicas por estados prolongados de tensão, geram distúrbios, e estes distúrbios, por assim dizer, ocorrem em quatro áreas básicas da atividade humana. Provocando, por consequência, quatro tipos básicos de problemas, todos de base emocional: orgânicos, afetivos, intelectuais e interpessoais.
Em consequência manifestando-se crescentes dificuldades de relacionamento com outras pessoas, em excessiva timidez, em falta de afirmatividade no desempenho de atividades profissionais ou sociais, na agressão discriminada e aparentemente sem motivo, na falta de percepção dos seus próprios limites nas situações de convívio, em maneiras de perseguição ou na extrema sensibilidade a criticas, mesmo as verdadeiramente fundamentadas e expostas de forma franca.








sábado, 4 de abril de 2015

Psicologia do Sexo.


Três instintos básicos dirigem a conduta das pessoas: o de conservação, que ajuda a manter a vida; o social, que facilita o relacionamento com outros seres, e o sexual, que assegura a preservação da espécie. Os dois primeiros são aceitos com unanimidade por todos os Grupos sociais como necessidades vitais. Sobre o terceiro pairam dúvidas. E dúvidas que geram medo. E esses medos trazem repressão. Em síntese, é esse então o fio condutor da influência social sobre a vida sexual das pessoas.
São enormes as diferenças de percepção da sexualidade entre os muitos clãs, tribos, sociedades e nações que hoje constituem o planeta. Contudo, salvo poucos grupos que vivem quase totalmente isolados nas selvas amazônicas ou de Papua Nova Guiné, o comportamento sexual humano encontra-se sob os desígnios dogmáticos da moral religiosa ou sofre sua influência. Mais além do instinto natural transmitido geneticamente, a influência do contexto acaba modificando, desviando essas normas naturais a fim de reprimi-las. E é a moral que infunde regras sustentadas pelo medo, pelo conservadorismo e pelos castigos; ela penetra na mente e desenvolve dezenas de barreiras, desde o início da vida até a maturidade.Viver a sexualidade de maneira sadia a partir dessas premissas implica em se permitir trocar e variar de jogos eróticos, sem que isso resulte sempre em uma prova traumática que obrigue a um processo interior para superar essa barreira de contenção. É algo mais espontâneo e livre. Em algumas fases, o que mais estimula é olhar; em outras, o desejo é se deixar levar pelas sensações da submissão; em outras, ao contrário, o que mais apetece é mostrar o corpo desnudo, exibir-se sem pudor, ou ver filmes eróticos para atingir o limite da excitação. Tudo depende, então, da situação e do estado de ânimo.
As práticas explicadas neste livro são cotidianas e muito mais próximas do que opressão tenta fazer parecer. Mesmo na intimidade mais profunda, aquela que não se confessa e da qual às vezes nem se tem consciência, porque só é sentida, todos já experimentamos satisfação em situações que consideramos marginais: olhar um corpo nu através de uma janela indiscreta, mostrar o próprio corpo na praia e sentir-se desejada, querer ser a protagonista daquele filme em que a mulher, atada por pés e mãos, desfruta do gelo que molha seus lábios, ou desejar ter o controle da situação para que o amante faça tudo que se lhe pede. Esses desejos reprimidos e bloqueados pelo sentimento de culpa são o melhor aval para compreender que se trata de reações naturais e estimulantes do sexo, como outras tantas. Essas vontades convivem diariamente conosco, embora nos encarreguemos de tapá-las, de passá-las para o lado obscuro da mente, esse espaço interior reservado ao inconfessável.