quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Para fazer terapia tem que ter coragem!?

Você vai ao medico, dentista, academia, cuida muito bem do seu corpo e saúde, mas e a mente? Quem cuida dela? A novela das 21h? A vodca? A balada? O livro de autoajuda? Google? Não. As pessoas estão se esquecendo de cuidar da mente pelo simples medo de seem vistas como loucas ou fracas, ficar frente a frente  com suas questões e com "pre-conceito" presente na nossa sociedade. 
O objetivo maior da terapia é o autoconhecimento e sim, é lá que você tenha para procurar por terapia, você use, ou o questionamento que você tenha para procurar por terapia, você aprende a olhar para si mesma. É um exercício constante - que ultrapassa o tempo da sessão - em que você olha para si, para seus sentimentos, pensamentos, atitudes e desejos, em que você se observa e se descobre e em que você percebe que não sabe nada, sobre si mesma.
Mas fazer psicoterapia é uma decisão de pessoas corajosas. É preciso coragem para mergulhar em si mesmo! Não é simples conhecer-se e, mais difícil ainda, é ser quem realmente se é. Porque existem bloqueios inconscientes nos impedindo de ver algumas desagradáveis facetas nossas… E o psicólogo está ali para ajudar a desfazer tais bloqueios e permitir ao cliente ser quem ele é. Não que a gente vá sair da terapia fazendo tudo o que vier à cabeça, sem medir as consequências. Há um mito de que o psicólogo manda o cliente simplesmente “soltar as feras”. O psicólogo não manda nada! Apenas na terapia vamos tomar consciência do que temos na cabeça, para então decidirmos conscientemente o que fazer.

O VALOR DE CONHECER-SE

Pode-se dizer que é muito caro e somente os ricos têm acesso à psicoterapia. Porém, quando há um interesse autêntico, a pessoa que decide procurar um psicólogo acaba chegando aos serviços que oferecem atendimento a baixo custo. Sem falar que muitos dos que se queixam do valor de uma consulta na clínica psicológica, são pessoas que gastam aos montes com o supérfluo, sem pestanejar! Eles até poderiam fazer terapia, mas não reconhecem o valor disso. Procuram ajuda apenas quando o preço da angustia se torna maior que o valor da terapia.

TERAPIA, MEDITAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA

Parece estranho dizer que não somos quem realmente somos. Mas é um fato. Vivemos tão voltados para o mundo exterior, procurando adaptar-nos à realidade que nos cerca, que esquecemos desejos mais profundos, características, tendências, sonhos. Vivemos os projetos dos outros, da família, da sociedade…

Quando pergunto a um cliente: “O que você quer?”, ele tende a responder, primeiro, o que ele acredita que deve ser feito. Mas o contato com o que quer, perdeu-se. Ele não sabe.

Então, algumas perguntas é que levam as pessoas à terapia: O que querem? Quem realmente são? Para onde vão? Não são perguntas loucas! São questões muito coerentes que, se respondidas, produzem uma maior qualidade de vida.

No oriente, há uma cultura de introspecção para se chegar às respostas destas questões. Eles usam a meditação. No ocidente, somos mais extrovertidos, não costumamos silenciar e meditar, mas falar. Aqui, nossa meditação se chama PSICOTERAPIA. Ela está para qualquer um que queira “meditar” e descobrir sua essência, para então viver com plenitude a própria vida, e não a vida dos outros!