A psicoterapia pode reduzir os fatores de risco de
recorrência (paciente permanecendo eutímico), melhorando a adesão, propiciando as mudanças no estilo de
vida, permitindo a detecção precoce de sintomas prodrômicos
e melhor gerenciamento de dificuldades
interpessoais
Os principais objetivos do tratamento psicoterápico
no transtorno bipolar, segundo Perry et al. (1999), são:
• adesão – é fundamental aumentar a adesão do
paciente ao tratamento;
• funcionamento social e ocupacional – melhorar
o desempenho dos pacientes em atividades sociais
e laborativas;
• melhorar a detecção de sinais precoces de
recorrências;
• educar o paciente acerca de sua doença e suas
medicações (explicar os vários sintomas, esclarecer
sobre prognóstico, instalar esperança, envolver
familiares);
• promover um estilo de vida saudável, por exemplo,
regularizar o ciclo sono–vigília;
• criar de forma colaborativa estratégias de lidar com
estresses, que, se não administrados apropriadamente,
podem provocar um episódio depressivo.
Existem evidências de que vários tipos de psicoterapia
podem ajudar os pacientes a permanecerem
eutímicos.
A terapia cognitiva tem ajudado vários
pacientes, bem como a terapia
familiar.
Terapia de grupo pode
também melhorar a adesão e a auto-estima.
Grupos de suporte fornecem informações
sobre o transtorno bipolar e seu tratamento para
pacientes e familiares.
Uso de estabilizadores do humor.
Os critérios para definir um estabilizador do humor
são: ser eficaz na mania e em estados mistos, tratar
depressão aguda bipolar, reduzir a freqüência e/ou
gravidade de recorrências maníacas e/ou depressivas,
não piorar mania ou depressão ou induzir mudança
ou ciclagem rápida (Bowden et al., 1997).
Lítio é o agente que possui mais evidências como
tratamento de manutenção no transtorno bipolar,
prevenindo recaídas de mania mais freqüentemente
que de depressão (Bowden et al., 2003).
Entretanto, o
lítio é também um antidepressivo (Goodwin et al.,
1992). Ele ainda reduz o risco de suicídio. Em uma
metanálise, o lítio demonstrou diminuir o risco de o
paciente cometer suicídio em 8,85% (95% IC: 4,1 a
19,1) (Tondo et al., 2001).
Os pacientes para os quais o lítio é preferido são
aqueles com doença hepática, no estágio final da
gravidez e jovens adolescentes (Sachs et al., 2000).
Entre outros estabilizador de humor que exitem.