quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Construindo a confiança.

 A confiança é base fundamental da convivência humana. Porém, pesquisas mostram que a confiança interpessoal está baixa na América Latina. Mais precisamente, a confiança se estende apenas às famílias às quais as pessoas pertencem, e não a terceiros desconhecidos, o que seria, no entanto, um importante pressuposto para uma cultura política verdadeiramente democrática. 
Pode parecer óbvio demais afirmar que precisamos confiar um no outro até nos procedimentos mais básicos. Se assim não fosse, vocês nem estariam aqui. Quando foi anunciada esta aula inaugural, vocês confiaram automaticamente que ela realmente aconteceria na data e no horário previstos e com a temática que foi divulgada. 
Ainda confiaram que o preletor iria preparar-se devidamente para apresentar a temática a vocês. Caso contrário iriam ficariam com raiva dele – e com todo direito. 
Quem chegou de metrô deve ter confiado no condutor, assim como na construtora do trem; por isso, entrou com calma, esperando chegar ao lugar certo em tempo hábil. Ao comprar pão para seu café, dificilmente gastou muito tempo pensando na possibilidade de consumir um pãozinho contendo veneno. Confiou tanto na fiscalização da Secretaria da Saúde quanto na ética profissional do padeiro. 
Não por último, pressupôs o interesse deste em não prejudicar seus negócios e, portanto, em zelar pela satisfação dos seus clientes. Assim, no dia-a-dia, confiamos em muitas pessoas, aparelhos, produtos, procedimentos, sem nos darmos conta disto. Não seria possível viver nossa vida se não pudéssemos confiar sem nos preocupar, sempre e especificamente, com cada aspecto da nossa vida. Sem confiança não existe vida.

Como adquirir a confiança.

 Vai seguir um método progressivo que consiste em duas partes, cada uma destas subdividida em inúmeros passos. Primeiro, irá aprender a reconhecer o seu próprio valor e a manter a consciência disso. Em seguida, aprenderá a autoafirmar-se, isto é, a aplicação prática da sua nova autoconfiança, no dia-a-dia. Reconheça o seu valor pessoal 1.° Passo: Faça um registo dos seus êxitos Numere metodicamente os seus pontos fortes, tal como as ocasiões em que os utilizou positivamente. Seguem-se algumas perguntas que o poderão ajudar no caso de ficar bloqueado: 

Em que áreas possui capacidades especiais? Estas poderão ser capacidades profissionais, de passatempos, desportivas, etc.

Que coisas tangíveis conseguiu realizar (êxito acadêmico ou profissional, criar filhos, um bom casamento, êxito na vida pessoal, no desporto, etc.)?

Em que ocasiões teve o prazer de experimentar o êxito? Procure pela sua memória, indo o mais para trás possível, até à sua infância.

 O que é que as pessoas que conhece apreciam em si?








Psicologia e os sintomas somáticos.

‡Alguns quadros clínicos apresentam inexistência de anormalidades laboratoriais e aparente associação com fatores psicossociais e/ou estresse, que representam um quadro a metade dos atendimentos em ambos os cuidados primários e secundários.
No decorrer deste artigo descrevo os transtornos relacionados ao corpo e a mente.


Pela DSM IV e CID 10:


São descritos sete diferentes tipos de transtornos somatóforme:

transtorno de somatização: caracterizado por uma longa historia(mais de dois anos de múltiplos ao longo do tempo, numa evolução cornica flutuante e marcada por inúmeras tentativas de tratamento medico, geralmente ineficazes. O funcionamento social tende a ser precário e as atividades profissionais, limitadas. Há um grande predomínio de mulheres, e o inicio do quadro tend a ser precoce;

transtorno somatóforme indiferenciado: quadro semelhante ao anterior, mas que não preencha todas as características descritas. As queixas podem ocorrer em numero restrito, ou tempo de evolução ser curto, ou ainda, não ocorrerem comprometimentos sociais e profissionais. esse quadro ganha importância a medida que apresentações completas (como no tratamento de somatização) são menos frequentes enquanto essas menos severas são muito mais comuns;

transtorno hipocondríaco: seu aspecto básico é uma interpretação errônea de sensações corporais corriqueiras, que são percebidas como anormais, levando ao medo e a crença de se estar gravemente doente. o curso é normalmente cronico e flutuante. ha uma forte resistência em aceitar o diagnostico e a conduta propostos pelo medico;

disfunção autonômica somatóforme: caracteriza-se por queixas objetivas decorrentes da excitação do sistema nervoso autônomo (como palpitações, sudorese e tremores) que cursam juntamente com sintomas subjetivos e inespecíficos (como sensações de dor, aperto ou ardor incaracterísticos) e que despertam preocupação quanto a
um possível comprometimento de um órgão e/ou sistema específicos. frequentemente esses quadros são genérica e pejorativamente chamados de distonia neurovegetativa;

transtorno doloroso somatóforme persistente: quadro de dor persistente e intensa não atribuível a patologias medicas conhecidas. ha frequente associação com sintomas depressivos;

transtorno conversivo: sintomas ou deficits que afetam os sistemas neuromuscular voluntario e/ou sensório-preceptivo clinicamente inexplicáveis;

transtorno dismórfico corporal preocupação com efeito imaginado ou exagerado na aparência física;


Tratamento:

Os quadros somáticos fortemente associados a depressão e/ou a ansiedade passem a figurar nessas categorias ( como depressão e/ou ansiedade somáticas). A hipocondria também se enquadraria num caso particular de ansiedade( voltada para o próprio corpo):
O transtorno de somatização seria classificado como uma combinação de transtorno de personalidade mais um transtorno de ansiedade ou afetivo.
As síndromes funcionais e o transtorno doloroso seriam alocados num eixo classificatório que abordasse as condições medicas gerais (como o eixo III do DSM)
Quanto a abordagem terapêutica, alguns autores propõem uma consulta medica psicologicamente enriquecida, com a incorporação de técnicas psicoterápicas básica, ou seja, uma tentativa de integrar princípios dos tratamentos psiquiátricos e psicológicos aos cuidados medico. 
Ainda nesse quesito outra vertente a ser considerada é a psicossomática, a qual propõe uma visão multidisciplinar e de integração, enfocando o paciente como ser histórico, um sistema único constituído por corpo, mente e meio social.