quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Resistência a terapia!!

 Resistência é um processo humano que acontece quando a pessoa se encontra sob algum tipo de ameaça. Não é essencialmente um acontecimento psicoterapêutico. Ocorre na terapia não como uma oposição a si mesmo ou ao terapeuta, mas como uma forma de se ajustar a uma nova situação. A resistência, é por natureza, a atualização do instinto de auto-preservação. E o organismo inteligentemente segue a lei da preferência. Resistência é uma forma de contato que não pode ser destruída, mas administrada, porque ela surge como uma defesa da totalidade vivenciada pela pessoa. A Resistência é, às vezes, resistência e awareness mais que ao contato. Ela revela mais o caminho seguido do que oculta a caminhada feita. A resistência é um processo natural, porque o corpo que não resiste, morre, mas falamos em processos de auto-regulação organísmica. Valorizamos mais o que mantêm a resistência funcionando do que à própria resistência. O terapeuta também resiste, ou seja, ele se auto-regula na sua relação com o cliente. Não questionamos a resistência, mas o processo que a mantêm. 
Resistência como contato A consciência, a priori, de que a resistência é mais uma forma de contato do que de destruição nos coloca diante dela, imediatamente, com um olhar mais de observador do que com um olhar de proteção. Resistência não é um construto entendido idealmente de forma idêntica por todas as pessoas. Ela é relacional, portanto sujeito a mudanças. No grupo, assume formas grupais ou individuais sendo sempre uma função do ambiente, ou seja, ela acontece no “entre” das fronteiras dos sujeitos, individualmente, entre si, do sujeito com o grupo, do grupo para com um de seus membros ou do grupo com ele mesmo, como um todo, e de todas essas possibilidades para com o meio ambiente.
 Esse movimento de resistir e acomodar-se, de ter que organizar suas próprias fronteiras e alargá-las ao mesmo tempo, é fundamental para o crescimento do grupo, pois, sem fronteiras claras, o grupo cairá num fundo caótico e, com fronteiras rígidas demais, perderá sua capacidade de mudar e ser criativo. Um nível de tensão optimal é importante para que o grupo não se acomode e possa criar seus próprios caminhos, ou seja, experiencie um ajustamento criativo, no qual sempre se perde algo, mas se encontram caminhos novos e sem os quais o grupo poderia ser destruído pela sua própria energia.





Otimismo x Pessimismo

Você já notou como algumas pessoas parecem felizes, não importa o que esteja acontecendo em suas vidas? Existe uma certa leveza na personalidade delas. Seus rostos, suas palavras e mesmo a sua maneira de andar parecem exalar um campo de energia brilhante.Outras pessoas parecem predispostas a pensamentos tristes e negativos, em todas as situações. Se, num belo dia de verão você disser: "o dia está lindo, adoro esse tipo de clima". Elas imediatamente responderão que detestam calor. "Terrível, muito suor, não dá para trabalhar, difícil de se concentrar. Só serve para plantas tropicais". No dia seguinte chove. A Srta. Positiva almoça com um amigo negativo. "Adoro chuva", diz ela. "Alivia o calor, você não acha?". O sr. Negativo resmunga: "Você está brincando? É ainda pior do que ontem. Só serve para os patos"
Irmãos podem crescer em uma mesma família, em um mesmo ambiente e, ainda assim, se tornarem pessoas completamente diferentes. Em algum ponto do caminho um deles escolhe ver a vida como se tudo fosse possível. O outro decide que a vida é um fardo, acha as outras pessoas detestáveis e não gosta do mundo. Embora a "historinha" que vou contar seja uma ficção, ela ilustra bem o que estou querendo dizer, isto é, que a maneira de olhar as coisas governa nossa reação a elas. É uma história sobre dois menininhos, gêmeos idênticos, um deles otimista inveterado e o outro pessimista incorrigível. Bem, os pais estavam preocupados com isso, e levaram os meninos a um psicólogo infantil, que disse: "Acho que sei o que fazer. No próximo aniversário deles, deem ao pessimistazinho os melhores brinquedos que puderem comprar e ao otimista, um saco de esterco. Isso os colocará no mesmo plano". E foi o que os pais fizeram. Colocaram os meninos em quartos separados com seus "presentes". Quando foram espiar no quarto do pessimista, viram o menino olhando com desânimo para seus lindos brinquedos e se queixando: "Não gosto dessa cor. Isso aqui provavelmente vai quebrar. Conheço um menino que tem uma calculadora melhor que essa". Os pais olharam um para o outro e soltaram um gemido. Em seguida, atravessaram o corredor e deram uma olhada no quarto do otimista. Ele estava na maior alegria, atirando o esterco para o alto e dizendo: "vocês não me enganam! Onde existe tanto esterco assim, só pode haver um pônei por perto!". Esses dois tipos de personalidades são geralmente, chamados de otimistas e pessimistas. Enquanto os primeiros tendem a ver o bem em tudo, os últimos veem o mal. Apesar de termos capacidade de ver, tanto o bem quanto o mal, a atenção dada a um deles costuma definir nossa experiência de vida. O dicionário define pessimismo como uma doutrina ou crença de que o mundo é o pior possível. Que, na vida há mais mal do que bem, além de dar ênfase ao lado escuro das coisas. Seu oposto, o otimismo, é definido como uma doutrina ou crença de que o mundo é o melhor possível. Que o bem sempre triunfa sobre o mal e que a tendência é ver as coisas sob uma ótica esperançosa e alegre, esperando os melhores resultados possíveis. Ambas as realidades são subjetivas, pois não dizem respeito aos fatos, e sim às nossas atitudes. São formas de acreditar em nós mesmos e no mundo, que, ou nos limitam ou nos libertam. É importante considerar que temos um poder de escolha sobre nossas atitudes, e que essa escolha pode ou não colorir nossa percepção da vida. Poucos argumentariam que a escolha do otimismo tornaria nossa vida mais feliz. E o pessimista diria: "Se você não acreditar nem esperar o melhor, nunca terá decepções. Esperando o pior, não há nada a perder". Um dos problemas do pessimismo, entretanto, é a falta de direcionamento da vida rumo as metas alcançáveis, ou seja, o rumo subconsciente é em direção ao fracasso.