O comportamento assertivo pode envolver a produção de
consequências reforçadoras diversas tanto para o indivíduo
que age assertivamente, quanto para o grupo com o qual
interage. O comportamento assertivo pode também produzir
consequências aversivas, sendo que ambas – as reforçadoras
e as aversivas – podem constituir um produto imediato ou
atrasado desse comportamento.
O tema da assertividade, ou os
padrões que se tornaram socialmente eficazes de expressão
de sentimentos na cultura ocidental moderna por meio
do exame de processos comportamentais descritos como
“autocontrole”. Assim, espera-se contribuir para uma especificação
das relações comportamentais que possivelmente
definem assertividade. O aspecto central da análise a ser
desenvolvida consiste das possíveis relações entre assertividade
e autocontrole, uma relação pouco referida na literatura
sobre assertividade. Ao explorar essas relações, o que se
busca é promover a articulação de duas áreas de pesquisa
bastante relevantes na psicologia e, com isso, aumentar o
alcance de uma apreciação dos fenômenos relativos à assertividade,
por exemplo, no contexto clínico onde o tema
é recorrente.
O comportamento assertivo é frequentemente contrastado
com os comportamentos agressivo e passivo. Na literatura da
terapia comportamental é muito comum encontrar definições
desses comportamentos baseadas em suas características
topográficas. Assim, comportamentos assertivos tendem a
se caracterizar por maior contato visual entre o indivíduo
assertivo e seu interlocutor, maior uso de afirmações dotadas
de afeto, tom de voz audível, verbalizações de maior
duração, uso adequado de características paralinguísticas da
fala (como fluência, variabilidade de expressões, vivacidade).
A postura corporal, os gestos utilizados, a distância
do interlocutor e as expressões faciais do indivíduo também
são diferentes entre o comportamento assertivo e os comportamentos
agressivos e passivos. Segundo Hull e Schroeder
(1979), são características típicas do comportamento passivo:
não olhar o interlocutor diretamente nos olhos; usar um
tom de voz suave, hesitante, com uma pequena entonação
que transmite vacilação; falar de maneira pouco clara e se
posicionar curvadamente, sem encarar o interlocutor. Já
no comportamento agressivo, de acordo com os autores, o
indivíduo ‘tem um olhar fulminante’; usa um tom de voz
que transmite raiva e ressentimento; fala muito alto e sem
hesitação, encara o interlocutor e fala imediatamente, quase
interrompendo o interlocutor.
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