domingo, 16 de agosto de 2015

Tantra e o corpo.


Tanto o homem, quanto a mulher, antes de iniciarem o ato sexual tântrico, devem estar devidamente conscientizados com relação à prática, e de comum acordo, decididos a evitar paixões eróticas descontroladas e a transformarem o fogo do amor em luz espiritual. A sabedoria tântrica recomenda que, nos momentos iniciais, os parceiros se concentrem na afinidade e no amor que sentem um pelo outro, visualizando através da imaginação criadora, um quadro mental repleto de alegrias, ternuras e afetos em que suas almas e corpos unam-se deliciosamente. O aposento onde a prática se realizará deve ser de aparência agradável, estar limpo, discretamente decorado e apresentar um sentimento estético equilibrado
Talvez o mais importante seja manter os pensamentos de ternura mútua invocando-se discreta e silenciosamente a presença do Eterno Feminino que certamente conduz os enamorados a essa paz infinita. O prelúdio amoroso é de vital importância para o bom desempenho do amor tântrico. As carícias preparatórias devem ser prolongadas e acompanhadas de inspiradas palavras de amor. Os gestos, suaves e tranquilos. O homem deve ser prodigamente carinhoso e aguardar com infinita paciência o início da conexão sexual. É muito comum as mulheres reclamarem secretamente da falta de sensibilidade dos homens ao se precipitarem na penetração do falo antes que o Yoni feminino esteja devidamente lubrificado. O homem que não conhece a arte do amor tântrico é geralmente bastante egoísta. Apenas se preocupa com a gratificação imediata dos seus sentidos. Normalmente não está interessado em saber o que sua companheira está sentindo. Não a olha nos olhos, não dialoga, não respeita seus ritmos e estados psicológicos nem sempre apropriados, e antecipa desastrosamente etapas posteriores do ato. Muitas mulheres são cúmplices do egoísmo masculino já que se calam aproveitando a capacidade feminina de dissimular o prazer. Consentem quando, secretamente, repelem. Comodamente simulam as sensações para evitarem o confronto e chegam mesmo a se entregar-se apenas para o cumprimento do "dever conjugal". Egoísmo exacerbado, cumplicidade, falsidade, hipocrisia e mentira definitivamente não combinam com o tantrismo branco. O ato sexual tântrico deve ser uma sinfonia, música das esferas que liberte a alma e gratifique os sentidos mutuamente. Os parceiros compartilham todos os momentos da magia do prelúdio ao êxtase, numa simbiose de energias, sentimentos, pensamentos e aspirações. Nas primeiras relações é normal que haja um certo grau de estresse, principalmente se o casal não utilizou o método Diana, mas à medida que vai adquirindo experiência e acumulando práticas bem sucedidas, ambos adquirem confiança em si mesmos e na prática em si. É muito importante que ambos se tranquilizem e se ajudem mutuamente. Quando a confiança estiver estabelecida já não haverá mais regras. O amor se conduzirá por si mesmo e juntos percorrerão as mais belas e paradisíacas paisagens que ficarão marcadas para sempre em suas memórias.







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