Burnout e depressão dúvidas sobre a definição diagnóstica da síndrome de
burnout, suas diferenças e correlações com a depressão
ainda estão em estudo.
Testou-se a validade discriminativa da síndrome de
burnout em contraste com transtorno depressivo em professores pré-escolares, médicos-assistentes e familiares.
Os resultados indicaram validade para o burnout,
diferenciando-o da depressão. Em outro estudo, os índices de burnout e a sintomatologia
depressiva mostraram significativa associação
entre essas patologias.
Alguns autores acreditam que a depressão seguiria
o burnout e que altos níveis de exigência psicológica,
baixos níveis de liberdade de decisão, baixos níveis de
apoio social no trabalho e estresse devido a trabalho inadequado
são preditores significantes para subseqüente
depressão. Sugere-se também que os indivíduos jovens
com burnout têm maior porcentagem de depressão leve
do que ausência de depressão.
Examinou-se a relação entre variáveis ocupacionais
(predisponentes à síndrome de burnout) e os transtornos
depressivos. Constatou-se que indivíduos que trabalham
em condições de muitas demandas psicológicas associadas
a baixo poder de decisão têm maior prevalência de depressão
quando comparados aos trabalhadores não expostos a
essas condições (Mausner-Dorsch e Eaton, 2001).
Diante da hipótese de que a suscetibilidade para
depressão associa-se ao aumento de risco para o desenvolvimento
de burnout, avaliaram-se os índices pessoais
e história familiar de depressão e sintomas de burnout,
confirmando tal hipótese (Nyklicek e Pop, 2005).
Outro estudo avaliou a associação entre transtornos
psiquiátricos e nível do cargo ocupado em oficiais do
governo japonês para detecção de estresse, transtornos
psiquiátricos e síndrome de burnout.
Como resultados,
encontraram-se várias correlações. Primeira: quanto
maior o nível de estresse associado a limitado apoio da
organização ao funcionário, maior a probabilidade de
desenvolver síndrome de burnout. Segunda: quanto mais
forte for o suporte da organização, menor a tendência
em se desenvolver depressão. Constatou-se que oficiais
ocupando cargos de alto nível recebiam menor apoio
organizacional e estavam mais severamente deprimidos
quando comparados a oficiais em cargos hierarquicamente
mais baixos (Nadaoka et al., 1997).
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