sábado, 16 de dezembro de 2017

Transtorno de ansiedade generalizada.

Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.
A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada.
A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não.
Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.).
Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são freqüentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão maior) e não constitui um conjunto de sintomas que determina um transtorno ansioso típico (descritos a seguir).
Mas podem ocorrer casos em que vários transtornos estão presentes ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o que não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de um diagnóstico coexistente (comorbidade). Estima-se que cerca de metade das crianças com transtornos ansiosos tenham também outro transtorno ansioso.
Pelos sistemas classificatórios vigentes, o transtorno de ansiedade de separação foi o único transtorno mantido na seção específica da infância e adolescência. O transtorno de ansiedade excessiva da infância e o transtorno de evitação da infância (DSM-III-R8), passaram a ser referidos nas classificações atuais, respectivamente, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e fobia social.

Quais são os sintomas?
 O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um transtorno de caráter crônico, pelo menos 6 meses de duração. Deve ocorrer uma incapacidade de controlar a ansiedade, que é reconhecida como desproporcional, e inespecífica, generalizada (critérios maiores, em negrito). 

Critérios diagnósticos para ansiedade: 

  • Ansiedade e preocupação excessiva, com diversas atividades
  • Dificuldade em controlar a preocupação
  • Inquietação ou sensação de nervos a flor da pele 
  • Fadigabilidade 
  • Alterações do sono (dificuldade em conciliar, manter ou insatisfação)
  • Irritabilidade
  • Tensão muscular
  •  Incapacidade em relaxar
  • Dificuldade para se concentrar ou sensações de “brancos” na mente 


Outros sintomas freqüentes:

  • Tremores 
  • Cefaléia e dores pelo corpo
  •  Palpitações 
  •  Sudorese 
  • Tonturas 
  •  Ondas de calor ou frio 
  •  Falta de ar 
  •  Urgência miccional 
  •  Catastrofização 
  •  Alterações do apetite (aumento ou redução)
  •  Crises de ansiedade

Tratamento:

 A maioria dos casos necessita tanto o tratamento psicoterápico é constituído por uma abordagem multimodal, terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções familiares.
  Como o medicamentoso, com antidepressivos, eventualmente associados a ansiolíticos, os benzodiazepínicos, no início do tratamento. Por ser um transtorno muitas vezes crônico, as doses são maiores e por maiores períodos de tempo. 





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