Desmotivação e Patologias Motivacionais:
Existe uma dimensão do comportamento humano que, por estar menos evidente à
observação direta, não deixa de ter grande importância. Essa dimensão tem, também, o poder de
influenciar, negativamente, atitudes e respostas comportamentais dos indivíduos em
praticamente todas as suas situações de vida. Quando um esforço despendido na busca de
satisfazer uma necessidade é bloqueado, o indivíduo encontra-se em um estado de insatisfação
física ou fisiológica que, ao ser vivenciado por longo intervalo de tempo, pode-se culminar em
um estado de frustração ou desmotivação, culminando em um comportamento apático e
patológico. Contudo, existe um limite muito tênue que permite distinguir a diferença entre o
atendimento produtivo de uma necessidade e aquele considerado como insuficiente ou
inapropriado. Caminhando no sentido do ajustamento produtivo, as pessoas tomam a direção do seu autodesenvolvimento, conseguindo preservar a auto-identidade. Caso contrário, a sensação é
a de estar sendo perigosamente ameaçado e, como uma das formas de defesa de si mesmo, o
indivíduo age irracionalmente, ocasionando, assim, um falso ajustamento.
Satisfazer uma necessidade não só é condição básica para evitar conseqüências de
provável desajustamento, como também, representa um meio de neutralizar a discrepância entre
a expectativa da satisfação e o estado real em que cada um se encontra.
Voltando-se mais especificamente para o campo profissional, a partir de certa idade, o
trabalho passa a ser parte integrante da vida das pessoas. As atividades de trabalho representam
fonte e oportunidade quase exclusiva com as quais cada um conta para atender não somente às
expectativas mais concretas, como também, aquelas menos palpáveis que são as necessidades
psicológicas. O trabalho, para cada uma das pessoas, reveste-se da importância de ser fonte de
equilíbrio individual. Um ajustamento precário ou inadequado ao trabalho pode ter como
resultado final estados interiores que vão desde leves desapontamentos até frustrações mais
graves. Isso explica muito bem não somente estados interiores típicos de insatisfação com
relação às solicitações da situação de trabalho, como pode, inclusive, precipitar estagnação na
carreira e na vida profissional.
A organização paranoide: é aquela que enfatiza sistemas de informação e controle. Os
responsáveis pela administração dessas empresas adotam a conduta tipo suspeita constante,
desconfiando e duvidando das pessoas e dos acontecimentos que se passam dentro e fora da
empresa.
Desmotivação: Embora consigam evitar grandes perdas, dado o caráter precavido que adotam as
organizações, o clima interno a elas é frio, fazendo com que as pessoas percam a
espontaneidade e optem por comportamentos mais defensivos, que, na maioria das vezes,
inibem a criatividade. A organização compulsiva: nesse tipo de organização os controles são planejados para funcionar
de maneira concreta com vistas a monitorar o mais rigidamente possível as operações internas, a
eficácia da produção, os custos e a programação das atividades individuais. As mudanças são
consideradas como altamente ameaçadoras e vistas como impossíveis de ocorrer.
Desmotivação: Em virtude das pessoas terem que adotar um comportamento tipo compulsivo
onde o dever e a rigidez deve ser cumprido em detrimento aos próprios desejos e interesses
pessoais, impera-se atitudes de total apatia e submissão, fazendo com que a empresa perca
facilmente o sentido da realidade em que vive e do ambiente com o qual deveria estar
interagindo com maior dinamismo. A organização teatral: destaca-se por ser um tipo de empresa que está sempre em cena. Faz-se
notar por suas características de extrema atividade, sendo uma entidade terrivelmente
aventureira a ponto de levar ao extremo a sua despreocupação com perigos ou ameaças que
possa estar sofrendo. A audácia, o risco e a diversificação representam os seus principais
parâmetros de ação. O ambiente dessas organizações reflete hiperatividade, impulsividade e perigosa incredulidade diante das ameaças. Parece que tudo funciona ao sabor de impulsos
pessoais.
Desmotivação: Freqüentemente, as pessoas dentro desse tipo de empresa sentem-se relegadas a
segundo plano, podendo, por isso, alimentar um rancor silencioso, mas não tendo coragem de
confessá-lo. Todos, de maneira geral, sentem que no fundo estão se prestando a farsas que só
engrandecem a personalidade da figura que ocupa o topo da organização. A organização depressiva: bastante fechada em si, esta é uma empresa na qual reina um clima
de passividade, que tem nítidos reflexos na dificuldade de resolução de problemas e tomada de
decisões. As práticas de trabalho são normalmente preestabelecidas, as rotinas devem ser
cumpridas a todo custo e os procedimentos formalizados ao extremo precisam ser
religiosamente respeitados.
Desmotivação: Os empregados respondem a diretriz de anonimato, adotando formas passivas de
ação, não se mostrando envolvidos na busca de eficácia pessoal. Há, por toda parte, uma
sensação de impotência diante do curso dos acontecimentos, acreditando-se que contra eles nada
pode ser feito. Não é de espantar que, em tal ambiente, a falta de interesse e motivação, bem
como os baixos níveis de satisfação pessoal, sejam uma constante. A organização esquizoide: é o tipo de empresa onde os executivos, seja em que nível for,
procuram satisfazer os seus próprios interesses. Não há indícios de esforços compartilhados.
Falar a respeito de trabalhos em equipe para essas empresas não faz nenhum sentido. As
informações são utilizadas mais como fonte de poder do que como um recurso que promova a
integração e a adaptação indispensáveis ao conforto pessoal no ambiente de trabalho.
Desmotivação: É normal que as pessoas dentro desse contexto guardem distância umas das
outras, pois isso representa menor risco para elas. Nesse isolamento emocional, as necessidades
de cada um ficam sistematicamente relegadas, deixando, não raro, evidentes sentimentos
subjacentes de agressividade.
Motivação. Esta é uma palavra que pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso
de uma empresa em qualquer dos seus escalões – do chão de fábrica à presidência. Motivação
não é algo que se explique em apenas uma frase, nem se consegue ter funcionários motivados
através de uma única atitude. A motivação é um conjunto de coisa que ao se combinar,
transformam a empresa em um negócio altamente poderoso.
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