A sociedade atual é cada vez mais exigente e, embora vigore uma
democracia de pensamentos e ideias em muitos países, a verdade é que também se
generalizam padrões e se impõem sentidos estéticos do belo e do aceitável. Na
perseguição de uma imagem corporal ideal, algumas pessoas sujeitam-se a
sacrifícios, dietas, ingerem medicamentos, fazendo depender a sua auto-estima de um
padrão estético idealizado (in revista XIS).
No entanto, a imagem corporal de cada um é
baseada essencialmente na auto-estima e não na aparência física.
Por outro lado, , mostraram que o nível de satisfação foi comensurado com o nível de autoaceitação.
Uma alta auto-estima, desta maneira, correlaciona-se fortemente com a
aceitação do autoconceito físico de cada um.
Segundo Fox (1988), citado por Jacob (1994), a imagem corporal
compreende competência, auto-eficácia, autoconfiança contribuindo, assim, para a
auto-estima. Tudo o que se relacionada apresenta consequências como um dado
adquirido por natureza. Sendo assim, a auto-estima e imagem corporal ao estarem
relacionadas, também apresentam as suas consequências:
- Uma imagem corporal negativa pode determinar o aparecimento de baixa
auto-estima e depressão ou seja, sofrimento (Becker, 1999).
A ligação entre uma
baixa auto-estima com uma imagem corporal distorcida é óbvia (Richardson, 1997);
Segundo Cruz (1996), citado por Senra (2002), “resultados de investigações
já realizadas sugerem claramente que uma auto-estima mais positiva e níveis mais
elevados de auto-conceito estão associados a níveis mais elevados de aptidão física,
nomeadamente em termos de força física e gordura corporal.”
Segundo Blasco et al. (1997) o fator satisfação/insatisfação com a imagem
corporal pode estar associado ao sexo.
Segundo Lutter (1996), a imagem corporal é
muito mais problemática para as raparigas do que para os rapazes. Assim, Jacob
(1994), confirma que há tendência para que o sexo masculino esteja mais satisfeito
com a imagem corporal do que o sexo feminino, numa mesma idade. Relativamente
à idade há tendência para que a imagem corporal diminua com o avanço desta
(Jacob, 1994).
Um estudo realizado por Batista (2000) revela que existe maior satisfação da
imagem corporal em indivíduos envolvidos em atividades desportivas relativamente
aos que não praticam nenhuma atividade. No entanto entre os indivíduos
praticantes, aqueles que participam em atividades a nível competitivo têm menor
satisfação com a imagem corporal dos que participam em atividades de lazer.
É comum, em modalidades como a aeróbica, “encontrarem-se alunos (as)
extremamente “fit” achando que têm de emagrecer ou a percepcionarem-se de forma
negativa e frequentemente irreal. Para essas situações, dois cenários podem
geralmente prever-se, caso o reforço mantido seja concentrado na imagem corporal:
no primeiro, os alunos ficam o tempo suficiente para que o programa de treino tenha
os seus benefícios, sentem as alterações e, como atingiram o que pretendiam a curto
prazo, abandonam a atividade; no segundo, os alunos não observam alterações na
sua aparência em curto espaço de tempo e vão-se embora do mesmo modo” (Senra,
2002).
De acordo com Vilas-Boas (1996), a valorização da prática regular de
atividades físicas parece estar relacionada com as preocupações crescentes com a
saúde e, sobretudo, com a imagem do corpo. Por outro lado, a necessidade de
Revisão da Literatura
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acompanhar as tendências comportamentais de determinados grupos, nomeadamente
da moda, são aspectos importantes na procura de atividades ligadas ao fitness.